Solo saudável, futuro seguro: quando a degradação vira passivo ambiental
- Lucas Maleski da Silva
- 16 de abr.
- 2 min de leitura

O solo é um recurso essencial para a vida no planeta, desempenhando funções vitais como sustentar a vegetação, filtrar a água, abrigar organismos fundamentais, ser a base da produção de alimentos e regular o armazenamento de carbono.
No entanto, a degradação e o empobrecimento do solo têm se intensificado, principalmente devido ao uso inadequado da terra, à urbanização desenfreada, à poluição e às mudanças climáticas. De acordo com um relatório da FAO (Food and Agriculture Organization of the United Nations), publicado em 2016, 33% dos solos do mundo estão degradados por processos como erosão, salinização, compactação, acidificação e contaminação.
A degradação do solo refere-se à perda de suas qualidades físicas, químicas, biológicas e ecológicas, resultante de práticas humanas inadequadas, como o desmatamento, queimadas e o manejo incorreto da terra — uso excessivo de pesticidas, fertilizantes e descarte incorreto de resíduos — que comprometem a fertilidade e a saúde do solo.
Quando essa degradação atinge níveis graves, o solo pode se transformar em um passivo ambiental, caracterizado pela acumulação de contaminantes decorrentes de atividades humanas. Solos contaminados, além de apresentarem restrições para o cultivo de alimentos e a construção de infraestrutura, podem representar riscos à saúde humana e ao meio ambiente.
Nesse sentido, a gestão de áreas contaminadas tem como objetivo a investigação e remediação dessas áreas, buscando restaurar a qualidade ambiental e minimizar os riscos para a população e o ecossistema. Para isso, é fundamental seguir as diretrizes estabelecidas pelas legislações e normativas vigentes, que estabelecem as ações necessárias para a avaliação e recuperação de solos contaminados.
Integrar a conservação do solo com a gestão de passivos ambientais é essencial para promover um solo saudável e habitável. Essa abordagem não só previne os impactos ambientais e os custos elevados com remediação ambiental no futuro, mas também protege a imagem corporativa da empresa responsável.
Caso a degradação do solo não seja combatida adequadamente, ela pode se transformar em um passivo irreversível, comprometendo a sustentabilidade das áreas afetadas e a população entorno da área afetada, o que impacta diretamente a saúde pública e o bem-estar da sociedade.
Referências:
Dias, Carlos. Dia Nacional da Conservação do Solo: sua história e um alerta da FAO. EMBRAPA, 2016. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/11582581/dia-nacional-da-conservacao-do-solo-sua-historia-e-um-alerta-da-fao
Bernardi, Alberto. Artigo: Por que o solo é tão importante quanto a água e o ar?. EMBRAPA, 2020. Disponível em: https://www.embrapa.br/busca-de-noticias/-/noticia/57867457/artigo-por-que-o-solo-e-tao-importante-quanto-a-agua-e-o-ar
Comments