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O impacto das mudanças climáticas nos recursos hídricos do Brasil


A Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) publicou um estudo sobre o Impacto da Mudança Climática nos Recursos Hídricos do Brasil em janeiro deste ano. O lançamento revelou o tema do Dia Mundial da Água (22 de março) no Brasil neste ano: A Água nos Une, o Clima nos Move.


As projeções de mudança climática, apesar de sujeitas a incertezas, proporcionam um vislumbre dos possíveis impactos e desafios futuros sobre os recursos hídricos no país. Os impactos projetados no estudo variam de acordo com cada região hidrográfica do Brasil, mas no geral coincidem em aumentos na temperatura e evapotranspiração.




Utilizando a metodologia da modelagem baseada na hipótese de Budyko, a ANA analisou dados climáticos atuais e projeções para o futuro. Com isso, foram desenvolvidos cenários prospectivos de disponibilidade de água para mais de 450 mil trechos da Base Hidrográfica Ottocodificada (BHO) da ANA.


A análise abrangeu três horizontes temporais distintos (2015 a 2040, 2041 a 2070 e 2071 a 2100), revelando um aumento geral da evapotranspiração e diminuição de até 40% na disponibilidade hídrica já em 2040 nas principais regiões hidrográficas brasileiras, além de um aumento substancial no número de trechos de rios intermitentes com impactos mais acentuados previstos para região Amazônica, Paraguai e São Francisco.


Os resultados apresentados no estudo fornecem informações relevantes para o processo de tomada de decisão e o desenvolvimento de eventuais políticas públicas no setor de recursos hídricos. A escassez hídrica, que atualmente resulta em perdas socioeconômicas significativas, pode se tornar cada vez mais frequente em muitas regiões no Brasil afetando diversos setores, que vão desde a agricultura até o turismo, atingindo comunidades locais.


Diferente do restante do Brasil, o Sul possui uma tendência de aumento na disponibilidade hídrica. No entanto, há uma tendência de aumento de imprevisibilidade climática na região, com eventos concentrados de cheias e secas. Portanto, será necessário adotar medidas de gestão da demanda hídrica e aprimorar infraestruturas de proteção contra enchentes e alagamentos.



Confira o estudo da ANA na íntegra clicando abaixo:









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