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Os Manguezais e a Captura de Carbono


Foi finalizado em julho de 2023 um estudo elaborado por pesquisadores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), a respeito dos manguezais situados na Baía da Ilha Grande, Baía de Sepetiba, Baía de Guanabara, Baixada de Jacarepaguá e Baixada Norte Fluminense, no estado do Rio de Janeiro.


O estudo concluiu que os manguezais do Rio armazenam nas árvores de mangue quantidades de carbono equivalentes à 500 milhões em créditos de carbono.


Esse processo ocorre por meio da fotossíntese: na presença de energia solar, as árvores absorvem o gás carbônico (CO2) da atmosfera e o transforma em oxigênio e compostos orgânicos. O carbono capturada é armazenado em seus troncos, galhos e folhas na forma de proteínas.


Em 2020, o projeto “Oceano sem mistérios: Desvendando os manguezais” conduzido pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza, informou que o sequestro de carbono em manguezais é cerca de 57% maior que em outras vegetações tropicais.


Além da grande captura de carbono, os manguezais são ecossistemas com elevada produtividade biológica, chamados comumente de “berçários marinhos”, são áreas propícias para a alimentação, reprodução e descanso de centenas de espécies de animais.


Entretanto, embora protegidos por lei, os manguezais continuam a ser degradados. Estima-se que 25% de toda a extensão já tenha sido suprimida, sendo o maior nível de degradação nas regiões Nordeste e Sudeste, devido à urbanização das regiões litorâneas.


De acordo com a Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), a cobertura de manguezal reduziu em 50% nos últimos 40 anos, gerando impactos ecológicos e socioecômicos, como o favorecimento de ocorrências de inundações.






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