
Figura: Delta Remediation.
Os processos de remediação de solos contaminados têm como objetivo reduzir os teores de contaminantes à níveis seguros para a saúde humana e meio ambiente, seja in situ (no local da contaminação) ou ex situ (o material contamin
ado é transportado até o sítio
de tratamento ou disposição final). Entretanto, a técnica in situ é preferida devido ao menor custo, visto que dispensa o transporte, além de não provocar contaminações secundárias.
Dentre os processos de remediação in situ estão a solidificação/estabilização, extração química, biorremediação e fitorremediação, detalhadas abaixo:
Solidificação/Estabilização: Trata-se da imobilização física ou química de compostos através de agentes capazes de provocar a solidificação, reações químicas ou modificação de pH.
Extração química: Soluções específicas são aplicadas no solo contaminado para solubilizar íons metálicos e, em seguida, essas soluções são removidas e tratadas para recuperar as substâncias ou descartá-las adequadamente.
Biorremediação: Essa técnica utiliza microrganismos específicos, como fungos e bactérias, capazes de degradar compostos tóxicos. Também pode utilizar microrganismos nativos do meio ambiente contaminado por meio da injeção de nutrientes, de forma a estimular a habilidade e multiplicação e consequente biodegradação.
Fitorremediação: Utilização de plantas capazes de acumular metais em suas células na descontaminação do meio aquático, ar ou solo, principalmente por metais pesados e poluentes orgânicos.
Já nos processos ex situ, quanto a água contaminada, essa é extraída através de poços de extração e tratada acima do solo ou fora da área contaminada, em relação ao solo, esse é removido por meio de escavação e disposto em aterros especializados.

Figura: Tri City Tank Tech Ltd
É importante ressaltar que seja qual for a tecnologia de remediação adotada, deve ser levado em conta as características da contaminação, como o tipo de substância química de interesse, concentração, condições hidrogeológicas, extensão
da pluma contaminada, entre outros.
Além disso, é necessário realizar uma avaliação detalhada do local antes de implementar qualquer medida de remediação, a fim de determinar o ponto na qual a contaminação do solo representa um risco inaceitável e o melhor curso de ação.
A remediação de áreas contaminadas tem o objetivo final de garantir a segurança das comunidades e a preservação dos ecossistemas afetados e, portanto, requer conhecimento especializado, planejamento cuidadoso e monitoramento contínuo.
Referências
TAVARES, S. R. de L. Remediação de solos e águas contaminadas por metais pesados: conceitos básicos e fundamentos. Joinville: Clube de Autores, 2013.
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