Os microplásticos são partículas de tamanho entre 1µm e 5mm, que surgem como fragmentos de plástico, resultantes da deterioração do material devido a fatores ambientais como exposição solar, precipitação e influência de microrganismos, entre outros. Por apresentarem dimensões reduzidas e serem abundantes, os microplásticos alcançam corpos d’água doce e salgada e causam efeitos devastadores à vida aquática. Isso por quê os peixes acabam confundido as partículas com alimento e ingerindo-os. Outra preocupação está associada a água que consumimos, uma vez que os sistemas de tratamento de água não são capazes de remover essas partículas de plástico. Por esses motivos, os esforços para identificar e analisar microplásticos têm aumentado.
Nesse cenário, foi criado o projeto MicroMar, que teve apoio de universidades estaduais e federais e foi coordenado pelo professor Guilherme Malafaia, do Instituto Federal Goiano. O projeto envolve pesquisadores de diversas instituições, que estão realizando um levantamento em larga escala sobre a poluição microplástica em praias ao longo de toda a costa brasileira, para investigar a contaminação por microplásticos presentes nesses locais.
Alguns resultados preliminares indicam alta poluição por microplásticos em todas as praias visitadas e estados como São Paulo, Paraná, Sergipe e Bahia devem ser os mais poluídos. O diagnóstico final do projeto servirá de base para tomada de decisões em níveis local, regional e nacional, visando prevenir danos potenciais e reduzir custos futuros nas esferas ambiental e de saúde pública.
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