O Glifosato é uma substância química presente em herbicidas e defensivos agrícolas, do tipo organofosforado, ou seja, um composto orgânico combinado de carbono, hidrogênio, oxigênio, fósforo, enxofre e nitrogênio, utilizado no controle de plantas daninhas.
Os organofosforados são substâncias tóxicas ao organismo humano, absorvidos pelas vias oral, cutânea e respiratória e que são rapidamente absorvidos pelos tecidos orgânicos, ultrapassando barreiras placentárias e hematoencefálicas.
Dentre os sintomas da intoxicação por organofosforados está a salivação, lacrimejamento, convulsões, diminuição dos reflexos, impulsos nervosos, coma e paralisia no centro respiratório, podendo levar a óbito.
A aplicação de produtos contendo glifosato em plantações foi restringida ou banida em países como Alemanha, Áustria, Dinamarca, Bulgária, Grécia, Colômbia, Costa Rica e El Salvador, entre outros.
Entretanto, no Brasil seu uso ainda é permitido. São usadas mais de 100 mil toneladas de herbicidas contendo glifosato ao ano, sendo grande parte desse montante carregada pelas chuvas, podendo contaminar rios, riachos, poços e outros ambientes aquáticos.
Com apoio da FAPESP, pesquisadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Unesp, encontraram uma forma para remover o Glifosato de meio aquoso utilizando como matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar, um resíduo gerado nas usinas de produção de açúcar e etanol.
A solução foi executada de acordo com os conceitos da economia circular e pode ser consultada no artigo pH dependence of glyphosate adsorption from aqueous solution using a cationic cellulose microfibers (cCMF) biosorbent.
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